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Doenças intestinais estão frequentemente associadas com persistência de sintomas gastrintestinais, como por exemplo a flatulência, o inchaço, a diarreia ou constipação e a dor abdominal. A causa destes sintomas é a funcionalidade alterada do intestino, do sistema nervoso entérico e a má absorção de carboidratos, devido à alta atividade osmótica e fermentativa.
Nos últimos anos, a dieta low FODMAP vem sendo bastante estudada no manejo dos sintomas associados as desordens inflamatórias do intestino. Nesse sentido, a dieta low FODMAP consiste no uso de pequenas quantidades de oligossacarídeos fermentáveis, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis (os chamados “FODMAPs”).
Dentro desse contexto, um novo estudo italiano buscou investigar o efeito da dieta pobre em FODMAPs em pacientes com Doença Inflamatória Intestinal (DII), Síndrome do Intestino Irritável (SII) e na Doença Celíaca (DC). Continue lendo para descobrir os resultados desta pesquisa.
127 pacientes seguiram uma dieta pobre em FODMAPS
O estudo envolveu 127 pacientes, sendo 30 com DII, 56 com SII e 41 com DC. Todos pacientes receberam intervenção dietética.
Um nutricionista prescreveu a dieta low FODMAP pelo período de 12 semanas, e instruiu os pacientes a comerem de acordo com seu apetite. Além disso, eles também preencheram um questionário que avaliou sua qualidade de vida (questionário SF-36).
Em seguida, esses parâmetros foram avaliados no período zero antes de iniciar a dieta (TO); um mês (T1) e três meses (T3) após o início da dieta.
A dieta low FODMAP diminuiu os sintomas intestinais
Os sintomas gastrintestinais melhoraram significativamente em todos indivíduos após 1 e 3 meses da dieta pobre em FODMAPs, quando comparado ao período anterior (T0) (p <0,001). Porém, não houve diferença significativa entre os grupos quando comparado o período de 3 meses com dieta.
Ao analisar os resultados do questionário SF-36, não foram observadas diferenças significativas entre os três grupos em relação a resposta à dieta. Entretanto, houve melhora clínica de sintomas e da qualidade de vida quando comparado os períodos antes e após intervenção (T0 vs T3).
Conclusão
Os autores concluíram que a dieta pobre em FODMAPs é uma ferramenta terapêutica eficaz a curto e médio prazo para combater sintomas gastrintestinais e melhorar qualidade de vida dos indivíduos que sofrem com desordens gastrintestinais.
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Referência:
Testa A, Imperatore N, Rispo A, et al. Beyond Irritable Bowel Syndrome: The Efficacy of the Low Fodmap Diet for Improving Symptoms in Inflammatory Bowel Diseases and Celiac Disease. Dig Dis. 2018; 15:1-10.