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As “guidelines”, ou diretrizes clínicas, são ferramentas essenciais para orientação de profissionais da saúde diante de decisões complexas e inúmeros diagnósticos desafiadores.
As diretrizes não apenas preenchem lacunas deixadas pela formação acadêmica (sim, a graduação nunca vai conseguir ensinar, de forma isolada, como analisar evidências, por exemplo!), também atuam como um farol em meio à confusão gerada por diferentes interpretações de evidências científicas, principalmente no cenário atual, onde informações são constantemente bombardeadas gerando Fake news e muita desinformação.
Então o que exatamente significa o termo “guideline”?
De acordo com o dicionário de Oxford, “guideline” pode ser entendido como uma regra geral, princípio ou conselho, ou, como adaptou a ANS, “recomendações desenvolvidas de forma sistemática”.
Se observarmos no contexto da saúde, as diretrizes são um conjunto de orientações clínicas elaboradas para auxiliar profissionais na tomada de decisões durante o tratamento de doenças.
Guidelines e Protocolos Clínicos. Tem diferença?
Sim! A linha entre diretrizes e protocolos clínicos muitas vezes gera confusão:
- De um lado temos as Diretrizes que nada mais são do que documentos abrangentes, compreendendo: prevenção, tratamento e acompanhamento de diversas situações clínicas.
- Do outro, temos os Protocolos, que são as adaptações mais específicas dessas recomendações/diretrizes, ou seja, os protocolos visam garantir a aplicação prática dessas diretrizes, adaptando-as ao contexto local, otimizando recursos e promovendo a eficácia.
Os 3 pilares das “guidelines”!
A construção de diretrizes envolve o consenso de especialistas, garantindo um documento formalizado e estruturado, e diferentemente de livros ou artigos, as “guidelines” precisam respeitar 3 pilares:
- Precisam ser práticas
- Devem ser concretas
- Necessitam de atualização contínua, à medida que a pesquisa avança.
A atualização é fundamental, principalmente quando falamos da área de saúde. “Piscamos o olho” e surge uma doença nova, uma conduta diferente, um medicamento inovador. A atualização vem para incorporar novos conhecimentos e manter a relevância no cenário médico.
Qual o impacto das Diretrizes na prática clínica?
As diretrizes desempenham um papel diversificado na saúde, indo além do âmbito educacional. Elas são ferramentas essenciais para:
- Melhorar a prática clínica
- Regulamentar condutas em instituições
- Orientar investigações de infrações profissionais
Além disso, contribuem para: pesquisa, compartilhamento de conhecimento, controle de qualidade, aumento da produtividade e adoção de padrões internacionais e nacionais.
Embora sejam um “norte” na prática clínica, a validade de uma diretriz clínica está intrinsecamente ligada ao método de seleção e avaliação crítica de evidências.
Em resumo…
É incontestável a necessidade de “guidelines” na área de saúde, diante da complexidade crescente da medicina. As diretrizes representam não apenas uma fonte educacional, mas um guia prático que influencia a qualidade da prática clínica, garantindo uma melhor tomada de decisão em benefício ao paciente.
As guidelines são mais do que simples recomendações, são o alicerce que sustenta a prática médica moderna, promovendo eficácia, segurança e adaptabilidade diante de um cenário em constante evolução.
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