Dietas pobres em glúten e FODMAP na sensibilidade ao glúten não-celíaca

Dietas pobres em glúten e FODMAP na sensibilidade ao glúten não-celíaca

A grande maioria da população sofre com problemas gastrointestinais, por exemplo: flatulência excessiva, inchaço abdominal, diarreia e constipação. Essas são situações frequentemente relacionadas a má digestão de alimentos. Sobretudo, indivíduos que apresentam sensibilidade ao glúten não-celíaca (SGNC) apresentam esses sintomas com maior frequência ao consumir certos alimentos.

A sensibilidade ao glúten não-celíaca (SGNC) diz respeito à sintomas intestinais e extra intestinais desencadeados pela ingestão de glúten.

Atualmente, alguns estudos vêm demostrando que grande parte dos pacientes com SGNC se beneficiariam da dieta com baixo teor de FODMAPs, ou seja, Fermentable Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides and Polyols (oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis). Estes são compostos alimentares rapidamente fermentados por microrganismos que habitam nosso intestino.

A seguir, confira os detalhes de uma nova pesquisa que investigou essa associação.

 

Metodologia: pacientes SGNC vs controles saudáveis

Um estudo recentemente publicado buscou entender a influência da dieta com baixo FODMAP e glúten em sinais clínicos e psicológicos como bem-estar, inflamação e integridade da microbiota intestinal.

Assim, 19 pacientes com sensibilidade ao glúten não celíaca (SGNC) e 10 indivíduos saudáveis ​(controle) ​consumiram dieta padrão com glúten antes de iniciar o estudo.

Em seguida, os participantes consumiram dieta com baixo FODMAP por duas semanas.

Após esse período, eles realizaram período de transição de cinco dias e iniciaram a segunda parte de estudo com ingestão de dieta sem glúten por mais duas semanas.

 

Ambas as dietas melhoraram a sensibilidade ao glúten não-celíaca

Ambas dietas, com baixo FODMAP e glúten, mostraram melhora significativa dos sinais clínicos e psicológicos em indivíduos com SGNC.

Diferenças significativas na composição da microbiota intestinal foram observadas em amostras de fezes em todos os participantes, com maior variabilidade nos pacientes com SGNC.

Além disso, no período da dieta sem glúten encontrou-se redução significativa dos linfócitos duodenais intra epiteliais e nas células caliciformes (produtoras de mucina).

 

Conclusão

Por fim, os autores do estudo concluíram que ambas as dietas tiveram efeito funcional positivo na SGNC através da diminuição da reação do sistema imunológico e do desiquilíbrio microbiano intestinal, especialmente com uma dieta sem glúten.

Clique aqui para ler a pesquisa completa.

 

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Referência:

Dieterich W, Schuppan D, Schink M, Schwappacher R, Wirtz S, Agaimy A, Neurath MF, Zopf Y. Influence of low FODMAP and gluten-free diets on disease activity and intestinal microbiota in patients with non-celiac gluten sensitivity. Clin Nutr. 2018: S0261-5614(18)30129-8.

Pós-graduação de Nutrição Clínica

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