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Recém nascidos com baixo peso ao nascer são aqueles que pesam menos de 2.500 g. Tal situação pode trazer complicações importantes, como imaturidade pulmonar, dificuldades de termorregulação e maior propensão a infecções.
Para RNs com menos de 1500 g, considerados com muito baixo peso ao nascer, essas complicações são ainda mais acentuadas. Nesse sentido, recém-nascidos de muito baixo peso (RNBP) requerem mais cuidados e utilizam serviços de saúde com maior frequência.
Nesses casos, será que o volume de leite materno se apresenta como um fator protetor? Confira detalhes de uma recente pesquisa sobre esta temática.
Leite materno melhora prognóstico de RN’s com baixo peso ao nascer
Pensando nos possíveis fatores de proteção associados ao leite materno (LM), Johnson e colaboradores realizaram um estudo de coorte com 345 RNBP. O objetivo foi avaliar a associação entre volume de LM ofertado durante a internação em UTI neonatal, e a utilização de serviços de saúde até os 2 anos de vida das crianças.
Sendo assim, os RN com baixo peso ao nascer receberam nutrição parenteral nas primeiras horas de vida. Em seguida, evoluíram com a introdução de nutrição enteral, com oferta de LM por, no mínimo, 14 dias.
Como resultado, o maior volume de LM nos primeiros 14 dias de vida (10 mL/kg/dia) se associou à:
- Redução no número de hospitalizações no primeiro ano de vida
- Menor número de visitas a médicos pediátricos nos primeiros 2 anos de vida
- Menor número de terapias especializadas nos primeiros 2 anos de vida
Em contraste, não houve associação entre volume de LM recebido em 28 dias de vida ou em todos os dias de internação na UTI e utilização de serviços de saúde.
Conclusão
Os autores concluíram que existe associação entre consumo de LM nos primeiros 14 dias de vida e redução de hospitalização após alta da UTI.
Assim, a ingestão de altas doses de LM deve ser priorizada nos primeiros dias da internação na UTI neonatal, o que pode reduzir os riscos e custos dos problemas de saúde nesta população.
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