Ao longo dos anos, evidências científicas mostraram que o consumo de nozes em quantidades moderadas foi associado à redução do risco de doenças coronárias. A FDA (Food and Drug Association) apoia a inclusão de nozes (42 g) na dieta diária, assim com a AHA (American Heart Association) e a AND (Academy of Nutrition and Dietetics). Apesar dos benefícios cardiovasculares, há uma preocupação que o consumo regular de nozes pode levar ao aumento indesejado do peso corpóreo e do risco de desenvolver sobrepeso ou obesidade.
Pesquisadores dos EUA e Espanha recentemente avaliaram o efeito do consumo a longo prazo de nozes (2 anos) no peso corporal e adiposidade de idosos. Foram incluídos somente idosos saudáveis, sem obesidade, hipertensão, diabetes e declínio cognitivo. Os participantes foram divididos em 2 grupos: grupo noz (n= 159) que recebeu entre 28 a 56 g de nozes por dia (15% das necessidades diárias de energia) e o grupo controle (n = 148) não consumiu nozes. Todos os participantes foram orientados a manter hábitos de vida durante o estudo. Ao longo dos dois anos foram coletados recordatórios alimentares de 24 horas para verificar o consumo das nozes e medidas antropométricas e corporais no início, 1 e 2 anos do estudo.
Após dois anos, o peso corporal diminuiu significativamente (p= 0,031); enquanto que a gordura corporal aumentou (p= 0,0001). No entanto, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos controle e noz quanto ao peso ou gordura corporal (p>0,05). A massa magra, circunferência da cintura e a relação cintura-quadril permaneceram inalteradas.
Os autores concluíram que as nozes podem ser incorporadas na dieta diária de idosos saudáveis sem preocupação com efeitos adversos no peso corporal ou na composição corporal.