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A recusa alimentar é um comportamento alimentar problemático, que pode acarretar afetar o estado nutricional de crianças. Em uma pesquisa, a relação entre estes dois parâmetros foi investigada. Confira a seguir.
O que é recusa alimentar?
A recusa alimentar inclui seletividade alimentar, tempo prolongado para realizar refeições e saciedade precoce. Este comportamento alimentar problemático afeta cerca de 1 a cada 3 crianças canadenses entre 2 e 4 anos, e mais da metade das crianças chinesas de 3 a 7 anos de idade.
Com efeito, a recusa alimentar pode levar a déficit na oferta de nutrientes e baixo ganho ponderal. Além disso, estudos indicam que um ganho ponderal insuficiente nesta faixa etária pode levar a um aumento de 80% das chances de doença coronária na fase adulta.
Vale ressaltar que o comportamento alimentar de pré-escolares é altamente influenciado pelo ambiente que a criança vive. Sendo assim, os hábitos familiares podem moldar comportamentos alimentares e a composição corporal.
Recusa alimentar gera menor IMC
Um recente estudo em 19 creches canadenses avaliou 309 pré-escolares (3 a 5 anos) para verificar relação entre recusa alimentar e composição corporal destas crianças.
A recusa alimentar foi aferida pelo questionário de comportamento alimentar infantil “Child Eating Behavior Questionnaire” (CEBQ), que foi validado com pesagens de alimentos.
Como resultado, observaram que 71% das crianças apresentaram algum grau de recusa alimentar. O grupo mais rejeitado foram os vegetais (54% de recusa), enquanto as frutas foram as mais aceitas (apenas 10% de recusa).
Resultados da análise univariada mostraram uma relação negativa entre o escore de recusa alimentar e o IMC ajustado por idade. Os autores concluem que estratégias de educação nutricional devem ocorrer em creches para melhorar a aceitação alimentar.
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Referência:
Surette V et al. Food Reluctance of Preschool Children Attending Daycare Centers Is Associated with a Lower Body Mass Index. J Acad Nutr Diet. 2017 Nov;117(11):1749-1756.
