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A terapia nutricional adequada, incluindo a nutrição parenteral suplementar (NPS), é de vital importância na gestão de pacientes em terapia intensiva (UTI).
Com aumento da demanda metabólica e dificuldade de iniciar TN, observamos, por isso, déficit energético durante a primeira semana após admissão em UTI. Consequentemente, esse déficit corrobora para o maior risco de infecção, ventilação mecânica prolongada, maior permanência na UTI e aumento da mortalidade.
Anteriormente, no estudo suíço (Swiss SPN Study), os pesquisadores demonstraram que a combinação de nutrição enteral (NE) e nutrição parenteral suplementar (NPS) reduz infecções hospitalares em pacientes críticos adultos que não conseguem alcançar a necessidade energética com NE isolada.
Agora, em nova pesquisa, pesquisadores buscaram avaliar o impacto econômico deste estudo. Por isso, eles realizaram análises de regressão multivariada para caracterizar as relações entre NPS, déficit energético, infecção hospitalar e custos. Confira os resultados a seguir.
Nutrição Parenteral Suplementar trouxe bons resultados
Os resultados mostraram que o uso de NPS nos dias 4 e 8 de internação do paciente foram associados a uma redução do déficit calórico em comparação a enteral isolada (p<o,oo1).
Além disso, a análise de regressão logística mostrou que cada diminuição de 1000 kcal no déficit calórico estava associada a uma redução de 10% no risco de infecção nosocomial (OD 0,90; IC 95% 0,83 e 0,99; p <0,05).
Por fim, a redução nas taxas de infecção foi atingida a um menor custo: o custo incremental por infecção evitada foi de 63,048 CHF (1 CHF = US$1,02).
Conclusão
Em conclusão, nesta análise farmacoeconômica houve economia de recursos, em particular do tempo de internação hospitalar.
Coletivamente, estes resultados demonstram que a otimização do aporte energético utilizando a NPS resulta em um benefício clínico significativo e uma clara redução de custos.
Clique aqui para ler a pesquisa completa.
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Referência:
Pradelli L et al. Supplemental parenteral nutrition in intensive care patients: A cost saving strategy. Clinical Nutrition 37 (2018) 573-579.