Recentemente, foi estabelecido um novo consenso global para classificar o estado nutricional de pacientes hospitalizados, denominada GLIM (Iniciativa de Liderança Global sobre Desnutrição).
O consenso GLIM foi formado pelas principais sociedades de nutrição clínica, sendo ASPEN (Sociedade Americana de Nutrição Parenteral e Enteral), ESPEN (Sociedade Europeia de Nutrição Clínica e Metabolismo), FELANPE (Federação Latino Americana de Nutrição Parenteral e Enteral) e PENSA (Sociedade Asiática de Nutrição Parenteral e Enteral).
Aplicação da GLIM deve ser feita em duas etapas. Primeiramente, deve ser realizado um rastreamento para identificar a situação de risco nutricional, pelo uso de qualquer ferramenta de triagem validada. Na segunda etapa, é realizada avaliação para diagnóstico e classificação da gravidade da desnutrição.
Os critérios de classificação da desnutrição são divididos em critérios fenotípicos (perda de peso não voluntária, índice de massa corporal (IMC) e massa muscular reduzida); e critérios etiológicos (ingestão alimentar reduzida e inflamação ou gravidade da doença). Para diagnosticar a desnutrição, pelo menos 1 critério fenotípico e 1 critério etiológico devem estar presentes. Recomenda-se que os critérios etiológicos sejam usados para orientar a intervenção e resultados esperados na terapia nutricional. A abordagem recomendada apoia a classificação da desnutrição em quatro categorias de diagnóstico relacionadas à etiologia.
Os especialistas que participaram do desenvolvimento do método GLIM, recomendam que seus critérios sejam aplicados para diagnosticar a desnutrição em adultos e pessoas com sarcopenia, caquexia e fragilidade, além do uso em estudos de validação científica. O instrumento deverá ser reavaliado a cada 3-5 anos.