A AMPK (Proteína Quinase Ativada por Monofosfato de Adenosina) é uma enzima responsável pela homeostase energética das células. Atribui-se à ela funções em vias metabólicas e inflamatórias, em resposta a variações do tipo nutricionais e ambientais.
Nesse sentido, evidências recentes demonstraram que a AMPK também tem um papel importante no metabolismo de células do sistema imune. Por exemplo, o papel regulador na via inflamatória de marcadores inflamassoma NLRP3 e da interleucina -1 (IL-1β). Esse efeito pode causar alterações no metabolismo da glicose e da oxidação de lipídeos.
No estado nutricional alterado, como no sobrepeso e obesidade, o funcionamento da AMPK pode ser afetado e, consequentemente, impactar a resposta metabólica do organismo. Assim, o grau dessa resposta parece aumentar o risco de doenças, como diabetes e alguns tipos de câncer.
Nova pesquisa aponta nutrientes que ativam a AMPK
Em uma recente revisão da literatura científica, pesquisadores investigaram o efeito de nutrientes específicos na via inflamatória e metabólica da AMPK. Foram eles:
- Ácidos graxos monoinsaturados
- Ácidos graxos ômega-3
- Berberina
- Resveratrol
- Curcumina
- Flavonoídes (genisteína, apigenina)
Os autores encontraram que esses nutrientes podem ativar a via da AMPK e causar impacto positivo no metabolismo mitocondrial, função hepática e na diminuição da inflamação sistêmica.
Portanto, a modulação nutricional da via da AMPK, através da intervenção de nutrientes específicos, torna-se um mecanismo epigenético de grande interesse a comunidade científica.
Embora tenha sido notável a ação desses nutrientes, os autores concluíram que mais estudos ainda são necessários para entender o papel da AMPK na epidemia de doenças metabólicas, inflamatórias e na obesidade.
Por fim, além da AMPK, é preciso analisar outras enzimas sensores de nutrientes, como as sirtuínas (SIRT), que também se relacionam à ligação ou silenciamento de genes envolvidos na regulação metabólica e inflamatória.
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