Nova diretriz da Organização Europeia de AVC (acidente vascular cerebral) e Sociedade Europeia para Distúrbios de Deglutição traz recomendações sobre intervenções dietéticas, tratamento de deglutição comportamental, incluindo acupuntura, intervenções nutricionais, cuidados com a saúde bucal, diferentes agentes farmacológicos e diferentes tipos de tratamento neuroestimulador para disfagia.
A disfagia pós-acidente vascular cerebral (DPAVC) está presente em mais de 50% dos pacientes com AVC agudo, aumentando o risco de complicações, em especial pneumonia aspirativa, desnutrição e desidratação, e está relacionada a mau prognóstico e mortalidade.
Os autores afirmam, de acordo com a literatura, que realizar triagem para disfagia em pacientes com AVC agudo melhora o resultado funcional e/ou a sobrevivência, reduz o risco de aspiração, reduz o tempo de internação hospitalar, reduz eventos adversos e complicações, tem efeito sobre o estado nutricional e também sobre a qualidade de vida.
Segundo os especialistas, os pacientes com quadro de AVC agudo devem ser examinados para risco nutricional nos primeiros dias após a internação por meio de ferramentas de triagem validadas, como Rastreamento de Risco Nutricional (NRS 2002) e a Ferramenta de Triagem Universal de Desnutrição (MUST).
No que se refere à consistência dos alimentos, a diretriz reforça que em pacientes com disfagia após AVC, as dietas modificadas de textura e/ou líquidos espessados podem ser utilizadas para reduzir o risco de pneumonia e que sejam prescritos apenas com base em uma avaliação adequada da deglutição.
Em relação ao estado nutricional, o guideline recomenda que em pacientes com AVC que toleram uma dieta oral e apresentam risco de desnutrição ou com desnutrição manifesta, deve-se considerar o uso de suplementação nutricional oral e naqueles com DPAVC e ingestão oral insuficiente, o uso da nutrição enteral precoce por meio de uma sonda nasogástrica está indicada.
Confira o guideline original, clicando aqui.