BRASPEN – Posicionamento sobre ômega 3 parenteral

BRASPEN – Posicionamento sobre ômega 3 parenteral

A BRASPEN publicou um novo posicionamento sobre o uso de ômega 3 em nutrição parenteral (NP). O posicionamento comenta benefícios e desfechos do uso de ômega 3 em situações específicas, que incluem câncer, perioperatório, doenças graves, disfunção hepática, recuperação muscular e pediatria.

Um conjunto crescente de evidências sugere que o uso de óleo de peixe confere benefícios clínicos importantes ao suprimir mediadores inflamatórios e ativar vias envolvidas na resolução do quadro inflamatório. Mecanismos de ação incluem melhora do perfil de citocinas e eicosanóides circulantes (menos inflamatório e imunossupressor) e preservação da função (por exemplo, melhor ação antibacteriana) e biologia (por exemplo, apoptose, expressão de moléculas de superfície com função imunológica).

Emulsões lipídicas ricas em ômega-3 têm perfil de segurança e tolerabilidade comprovado. Dados clínicos e laboratoriais são suficientes para concluir que emulsões lipídicas ricas em ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 atuam como componente valioso da NP para pacientes adultos hospitalizados e em home care.

Para pacientes críticos com sepse, consideram-se efeitos anti-inflamatórios e hepatoprotetores, redução da disfunção orgânica e da mortalidade. Em pacientes críticos idosos, há melhora de perfil plasmático de ácidos graxos poli-insaturados, resposta inflamatória e troca gasosa que, tomados em conjunto, contribuem para a sobrevida.

Soluções de lipídios devem preferencialmente ser infundidas misturadas às soluções de glicose e aminoácidos, mas também poderão ser infundidas separadamente, de acordo com o quadro clínico. A dose máxima segura de lipídeos venosos em NP é de 1,5 g/ kg em 24 horas, e a dose usual recomendada é de 1g/kg/dia. Em pacientes adultos clinicamente estáveis, a recomendação da dose de óleo de peixe nas emulsões lipídicas é entre 0,1 e 0,2 g/kg/dia. Esta recomendação pode ser utilizada em pacientes críticos, sépticos ou não, cirúrgicos e outras situações clínicas de hipermetabolismo.

Confira o documento original do posicionamento, clicando aqui.

Pós-graduação de Nutrição Clínica

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