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A sarcopenia é uma condição caracterizada por baixa massa muscular, força e desempenho físico. Ela está presente em até 29% dos idosos residentes em comunidades, e aumenta o risco de quedas, fraturas e mortalidade.
Atualmente, poucas organizações possuem protocolos para o manejo dessa doença. Dessa forma, a ANZFFFR (Sociedade Australiana e Neozelandesa para Pesquisa em Sarcopenia e Fragilidade) publicou um novo consenso, a fim de desvendar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da sarcopenia.
O material conta com 17 recomendações com forte concordância entre os especialistas (> 80%), elaboradas a partir de um processo Delphi. A seguir, confira os destaques dessa nova diretriz.
Como evitar a sarcopenia em idosos?
Para evitar a sarcopenia em idosos, os especialistas recomendam a adoção de um estilo de vida saudável, incluindo dieta equilibrada, ingestão adequada de proteínas e exercício regular. Porém, essas recomendações são válidas para os adultos de todas as faixas etárias, não apenas os mais velhos.
Em pacientes com condições de saúde que aumentam o risco dessa enfermidade, tal como a síndrome de fragilidade, recomenda-se intervenções físicas e dietéticas individualizadas, elaboradas por um profissional de saúde.
Triagem e diagnóstico da sarcopenia
Para a triagem e diagnóstico da sarcopenia, os profissionais endossam os passos do Grupo de Trabalho Europeu revisto para a Sarcopenia em Pessoas Idosas (EWGSOP2), que são os seguintes:
Triagem
A princípio, os prováveis casos devem ser identificados usando uma ferramenta de triagem estabelecida ou a partir de uma suspeita clínica.
Avaliação
Em seguida, recomenda-se avaliar a força muscular por meio da força de preensão manual. Alternativamente, pode-se utilizar o teste de sentar e levantar ou a velocidade da marcha superior a 4 metros.
Em ambientes sem recursos para avaliar a quantidade muscular, a baixa força muscular ou a lentidão são suficientes para diagnosticar a doença.
Confirmação
A confirmação é um passo opcional, e compreende a avaliação da quantidade muscular por meio de bioimpedância elétrica (BIA), tomografia computadorizada (TC), absorciometria de raios X de dupla energia (DXA) ou ressonância magnética (RM).
Caso a quantidade muscular for baixa, confirma-se o diagnóstico.
Severidade
Por fim, indivíduos com baixa força muscular e baixa quantidade muscular podem realizar um teste de performance física. Nesse sentido, aqueles com velocidades de marcha abaixo de 0,8 m/s são classificados com sarcopenia grave/severa. Como alternativa, outros testes incluem a bateria curta de desempenho físico (SPPB), ou o teste timed-up-and-go de 3 m (TUG).
O algoritmo abaixo reúne as recomendações de triagem e diagnóstico de sarcopenia feitas pelos especialistas.
Qual tratamento da sarcopenia?
Segundo a diretriz, a chave para o tratamento da sarcopenia é combinar a ingestão adequada de calorias e proteínas, com treinamentos de resistência. Ambas as intervenções devem ser elaboradas e monitoradas por profissionais de saúde de cada área.
Sendo assim, orienta-se uma ingestão total de proteínas de 1 a 1,5 g/kg/dia. O ideal é uma ingestão de, pelo menos, 1.2 g/kg/dia, distribuída uniformemente ao longo do dia.
A única exceção é para os idosos com doença renal significativa, definida por uma TFGe <30 mL/min/1,73 m². Neste público, o julgamento clínico deve determinar a ingestão proteica.
Para saber mais sobre as recomendações da diretriz, clique aqui.
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