Lupeol na prevenção de danos UV e envelhecimento cutâneo

Lupeol na prevenção de danos UV e envelhecimento cutâneo

O lupeol é um triterpeno encontrado no repolho, pimenta, morango, manga, uvas e frutos da oliveira.

Nesse sentido, ele é conhecido por suas propriedades anti-inflamatória, antioxidante, antitumoral e antiangiogênica. Estudos sugerem que o Lupeol pode inibir o ciclo celular através de indução de apoptose. No entanto, seu efeito no envelhecimento da pele ainda é desconhecido, mas uma nova pesquisa está mudando este cenário. Confira os detalhes seguir.

Envelhecimento intrínseco vs extrínseco

Em primeiro lugar, precisamos entender que o envelhecimento da pele pode ser classificado em dois tipos: intrínseco e extrínseco. O envelhecimento intrínseco ocorre por degeneração irreversível de órgãos e tecidos de acordo com o tempo biológico.

Enquanto isso, o envelhecimento  extrínseco é causado pela exposição repetida a fatores ambientais externos, tais como fumo, ozônio, raios ultravioletas (UV), poeira e poluentes do ar.

A exposição repetida à irradiação UV é considerada a principal causa do envelhecimento extrínseco da pele, e pode acarretar:

  • Danos ao DNA celular;
  • Alteração na síntese de fibroblastos;
  • Aumento de espécies reativas de oxigênio (EROS).

Essas alterações levam ao aumento da produção de metaloproteases de matriz (MMPs), enzimas que promovem degradação da matriz extracelular e alteração na síntese de colágeno, elastina e fibronectina.

Além disso, o aumento de EROS também pode afetar a fosforilação da via de sinalização da proteína quinase ativada por mitógeno (MAPK). As MAPKs são proteínas específicas que regulam várias atividades celulares (expressão gênica, mitose, diferenciação, sobrevivência celular e apoptose).

Lupeol apresenta efeito protetor no envelhecimento cutâneo

Recentemente, pesquisadores investigaram efeito de lupeol no fotoenvelhecimento cutâneo induzido pela exposição repetida de raios UV, em modelo celular de fibroblastos humanos.

Os objetivos do estudo foram avaliar o efeito desse nutriente no ciclo celular, na expressão de MMPs e sua ação no antienvelhecimento.

Os resultados mostraram que a expressão de metaloproteinases de matriz (MMP-1, MMP-2 e MMP-3) aumentou à medida que a dose de UV foi repetida. Desse modo, o lupeol apresentou atividade inibidora do envelhecimento celular.

Ao nível molecular, lupeol diminuiu a expressão de MMPs e aumentou a fosforilação de ERK, uma proteína que participa da via de sinalização envolvidas nos processos de sobrevivência celular e apoptose. Esse efeito foi dose-dependente.

Em conclusão, confirmou-se que a irradiação UV repetida em fibroblastos afeta a síntese de proteínas que regulam o ciclo celular, bem como a expressão de MMPs, que pode deteriorar a matriz extracelular da pele.

O lupeol parece mostrar efeito protetor no antienvelhecimento através de mecanismos moleculares protetores ao dano celular. Porém, mais estudos são necessários para confirmar esses achados.

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Referência:

Park YM, Park SN. Inhibitory Effect of Lupeol on MMPs Expression using Aged Fibroblast through Repeated UVA Irradiation. Photochem Photobiol. 2019 Mar;95(2):587-594. doi: 10.1111/php.13022. Epub 2018 Nov 2. PMID: 30257039.
Pós-graduação de Nutrição Clínica

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