Fitoterápicos na prática esportiva

Fitoterápicos na prática esportiva

O uso de fitoterápicos na prática esportiva tem aumentado cada vez mais, tanto para os atletas profissionais, quanto para os praticantes de atividade física.

A seguir, entenda um pouco mais sobre essa estratégia: será que ela é mesmo benéfica? Confira!

 

O que são fitoterápicos?

Os fitoterápicos são suplementos a base de plantas. Assim, esses produtos podem ser extraídos de sementes, raízes, folhas, cascas, bagas ou flores. Além disso, podem conter diversas classes de fitoquímicos como carotenoides, polifenóis, ácidos fenólicos, alcalóides, flavonóides, glicosídeos, saponinas e lignanas.

Acredita-se que os fitoterápicos tragam benefícios para a saúde. Nesse sentido, algumas pessoas usam estes suplementos com objetivo de aumentar a força muscular e o rendimento esportivo.

 

Nova pesquisa investigou o uso de fitoterápicos na prática esportiva

Um artigo recentemente publicado pela revista Journal of the International Society of Sports Nutrition revisou categorias de suplementos a base de plantas e seus benefícios na performance esportiva. Veja o que eles descobriram:

Em primeiro lugar, o Panax ginseng (Ginseng) é um dos fitoterápicos mais populares. Os atletas utilizam-no para efeito anti-inflamatório, antioxidante, estimulante da função cerebral, anabólico e para melhorar sistema imune e performance física.

A cafeína metilxantina encontrada em algumas plantas, pode ter benefícios de saúde e exercer efeitos ergogênicos em exercícios de endurance e performance anaeróbia. Porém, seu consumo em doses elevadas (> 400 mg/dia) pode levar a efeitos colaterais negativos.

O Zingiber officinale Roscoe (Gengibre) foi apontado como seguro e pode apresentar efeitos anti-inflamatórios.

Por outro lado, o extrato da Camellia sinensis (L.) (Chá verde) tem sido usado ​​para melhorar a massa corporal e a composição em atletas.

Por fim, outras ervas como Rhodiola rósea L. e Astragalus propinquus ajudam a aliviar dores musculares e nas articulações, mas os resultados sobre os seus efeitos no desempenho esportivo ainda são escassos.

 

Fitoterápicos na prática esportiva: efeitos adversos

Algumas espécies de fitoterápicos na prática esportiva apresentam efeitos adversos.

O composto bioativo efedrina, que pode atuar na capacidade aeróbica, fadiga e estado de alerta durante exercício (com diminuição do tempo de reação), teve seu uso vedado.

Sendo assim, seus efeitos colaterais mostraram:

  • Aumento de distúrbio do sono
  • Ansiedade
  • Dor de cabeça
  • Alucinação
  • Hipertensão arterial
  • Frequência cardíaca acelerada
  • Perda de apetite
  • Incapacidade de urinar.

 

O que podemos concluir?

Os autores dessa revisão alertam que, apesar de efeitos positivos, os suplementos a base de plantas devem ser usados com precaução, pois altas doses podem causar efeitos colaterais, principalmente no sistema gastrointestinal e renal.

A orientação por profissionais de saúde como médico e nutricionista especializados é fundamental para adequado uso de suplementos fitoterápicos com efeito satisfatório e seguro no rendimento físico.

 

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Referência:

Sellami M, Slimeni O, Pokrywka A, Kuvačić G, D Hayes L, Milic M, Padulo J. Herbal medicine for sports: a review. J Int Soc Sports Nutr. 2018 Mar 15;15:14.

Pós-graduação de Nutrição Clínica

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