ESPEN – Nutrição e hidratação em geriatria

ESPEN – Nutrição e hidratação em geriatria

Uma nova diretriz da ESPEN trata sobre Nutrição e hidratação em geriatria. Desenvolvida para fornecer recomendações baseadas em evidências para prevenir e/ou tratar a desnutrição e a desidratação em idosos, a diretriz discute necessidades energéticas, consumo de proteínas e outros princípios terapêuticos ligados à nutrição.

Para idosos, considera-se que a ingestão de energia deve ser de 30 kcal por kg de peso corporal/dia e a ingestão de proteínas deve ser de pelo menos 1 g / kg de peso / dia. Esses valores devem ser ajustados individualmente em relação ao estado nutricional, nível de atividade física, estado da doença e tolerância. Na ausência de deficiência específica, micronutrientes devem ser fornecidos de acordo com a recomendação para idosos saudáveis.

Mulheres e homens mais velhos devem receber pelo menos 1,6 L e 2,0 L de líquidos por dia, respectivamente. Isto deve ser modificado se houver alguma condição clínica que exija uma abordagem diferente. As necessidades individuais de líquidos estão relacionadas ao consumo de energia, perdas de água e função renal. As necessidades também podem ser maiores em temperaturas extremas ou em momentos de maior atividade física. Perdas excessivas devido a febre, diarreia, vômito ou hemorragia grave também devem ser compensadas por ingestão adicional. Por outro lado, em situações cardíacas e de insuficiência renal, pode haver necessidade de restrição hídrica.

Os cuidados nutricionais e de hidratação do idoso devem ser individualizados e abrangentes, a fim de garantir a ingestão nutricional adequada, manter ou melhorar o estado nutricional e melhorar a evolução clínica e a qualidade de vida. Intervenções nutricionais para idosos devem fazer parte de uma abordagem de equipe multidisciplinar para apoiar a ingestão alimentar adequada, manter ou aumentar o peso corporal e melhorar os resultados funcionais e clínicos.

As causas potenciais de desnutrição e desidratação devem ser identificadas e eliminadas na medida do possível. Avaliação da deglutição, exame odontológico, avaliação da saúde bucal e geral devem ser realizados, bem como verificação de medicamentos e efeitos colaterais que possam impedir a nutrição adequada (anorexia, xerostomia, disgeusia, distúrbios gastrointestinais ou sonolência). Restrições alimentares que possam limitar a ingestão alimentar são potencialmente prejudiciais e devem ser evitadas. Para ver o documento na íntegra, clique aqui.

Pós-graduação de Nutrição Clínica

Compartilhe este post