Diabetes Gestacional e funcionamento renal pós-parto

Diabetes Gestacional e funcionamento renal pós-parto

Diabetes gestacional (DMG) é a desordem metabólica mais comum na gravidez. Sobretudo, está associado com eventos adversos como pré-eclâmpsia, complicações fetais e aborto precoce.

Além das complicações no concepto, o DMG é fator de risco para desenvolvimento de diabetes subsequente (pós-parto) e de suas complicações em longo prazo como o comprometimento da função renal.

A fim de investigar a associação entre diabetes gestacional e funcionamento renal pós-parto, pesquisadores desenvolveram uma nova pesquisa. Confira mais detalhes a seguir.

 

607 mulheres com diabetes gestacional paticiparam do estudo

O grupo Diabetes e Saúde da Mulher (DWH) publicou recentemente um novo estudo, onde estudaram as associações do diabetes gestacional com a função renal pós-parto em longo prazo.

Em primeiro lugar, 607 mulheres com DMG participaram do estudo, com ou sem diagnóstico subsequente da doença. Além disso, 619 gestantes sem história clínica de diabetes também estavam na investigação.

O acompanhamento das participantes do estudo foi realizado com tempo médio de 13 anos após a última gestação.

Durante esse período, os pesquisadores avaliaram creatinina sérica, albumina urinária, taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) e a relação albumina/creatinina (RAC).

 

Resultados: diabetes gestacional e marcadores da função renal

O grupo com história clínica de DMG, com ou sem diagnóstico de diabetes subsequente, apresentaram TFGe significativamente mais elevada que o grupo sem intolerância à glicose (risco relativo (rr) 3,3; IC 95%).

Ademais, o subgrupo de mulheres que tiveram DMG e desenvolveram diabetes subsequente (n=183) também apresentaram RAC significativamente maior [rr 1,3; IC 95%) em comparação ao grupo sem intolerância.

Por fim, os estudiosos não notaram RAC significativamente elevada em mulheres que não desenvolveram a alteração metabólica pós-parto.

 

Conclusão

Em suma, os autores do estudo concluíram que as gestantes que desenvolvem DMG tem maior probabilidade de apresentar níveis elevados de TFGe no pós-parto em longo prazo.

Esse fator pode indicar estágios iniciais de hiperfiltração glomerular e deve ser monitorado clinicamente para prevenir risco futuro de dano renal.

Clique aqui para ler o estudo completo.

 

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Referência:

Rawal S et al. Gestational Diabetes Mellitus and Renal Function: A Prospective Study With 9- to 16-Year Follow-up After Pregnancy. Diabetes Care. 2018.

Pós-graduação de Nutrição Clínica

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