Bifidobacterium bifidum: benefícios da suplementação

Bifidobacterium bifidum: benefícios da suplementação

Um dos métodos mais eficazes para manter equilíbrio da microbiota é a ingestão ou administração de probióticos. Nesse sentido, em estudo recentemente publicado, estudiosos investigaram a suplementação do probiótico Bifidobacterium bifidum (TMC3115), quanto aos seus benefícios para microbiota intestinal, metabolismo lipídico, da glicose e da insulina. Confira a seguir.

47 participantes suplementaram Bifidobacterium bifidum

Nesta recente pesquisa, os autores investigaram a administração do probiótico Bifidobacterium bifidum por via oral durante 3 semanas. A cepa foi oferecida liofilizada em sachê, duas doses ao dia após o jantar, totalizando média de 3 x 10 10 UFC por dia.

Dentre adultos e idosos, 47 indivíduos com hiperglicemia e dislipidemia participaram deste estudo, com idade entre 45 a 75 anos. Durante a intervenção, os participantes mantiveram dieta e atividade física habituais.

Os estudiosos investigaram as concentrações de colesterol total (CT) e frações (LDL, HDL e TG), bem como a glicemia em jejum. Além disso, também recolheram amostras fecais para análise da microbiota fecal utilizando a técnica de sequenciamento genético rRNA 16S.

Resultados do estudo

Em primeiro lugar, na análise microbiana fecal, a administração do probiótico TMC3115 aumentou os filamentos bacterianos Firmicutes, Bacteroides, Actinobacteria e diminuiu Proteobacteria e Fusobacteria. Também houve aumento significativo nas proporções dos gêneros Dorea e Lachnospira após a intervenção (p < 0,05).

Da análise laboratorial, houve diminuição significativa dos níveis de colesterol total (5,4%) e de LDL (6%). Níveis séricos de HDL, TG e glicose de jejum não alteraram antes e depois da intervenção com probióticos.

Da relação microbiota e perfil lipídico, houve uma correlação negativa entre os triglicerídeos séricos e as proporções de Bacteroidetes (risco relativo (RR)= – 0,21; p = 0,047) e Bacteroides (RR= – 0,23, P = 0,029). Enquanto isso, os níveis séricos de LDL e CT também se correlacionaram negativamente com a proporção de Dialister, um gênero dos Firmicutes (RR= – 0,24; p = 0,022; RR= – 0,22; p = 0,030).

Por fim, o que podemos concluir?

Os autores concluíram que probióticos Bifidobacterium bifidum TMC3115 podem exibir efeitos benéficos no metabolismo do colesterol em portadores de dislipidemia através da modulação da microbiota intestinal. Estes resultados reforçam a relação entre microbiota intestinal e o metabolismo lipídico em seres humanos.

No entanto, os autores reforçam a importância de mais estudos bem delineados com metodologia randomizada, duplo-cega, placebo controlada, a fim de confirmar os efeitos do Bifidobacterium bifidum TMC3115 no metabolismo lipídico e perfil glicêmico.

 

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Referência:

Wang K., et al. Bifidobacterium bifidum TMC3115 Can Characteristically Influence Glucose and Lipid Profile and Intestinal Microbiota in the Middle-Aged and Elderly. Probióticos e Antimicro. Prot, 2018.

Pós-graduação de Nutrição Clínica

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