AHA – Doença hepática gordurosa não alcoólica e risco cardiovascular

AHA – Doença hepática gordurosa não alcoólica e risco cardiovascular

A Associação Americana do coração (AHA) publicou um posicionamento sobre doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA).

A doença cardiovascular aterosclerótica é a principal causa de morte em pacientes com DHGNA e, por isso, o objetivo do posicionamento é revisar fatores de risco subjacentes e a fisiopatologia da DHGNA, associações com doença cardiovascular aterosclerótica, estratégias de diagnóstico, triagem e intervenções potenciais.

A DHGNA é tipicamente silenciosa até que ocorra insuficiência hepática avançada e potencialmente irreversível. Por esse motivo, a maioria dos pacientes com DHGNA desconhece a ocorrência dessa condição grave. Diabetes tipo 2, dislipidemia, síndrome metabólica, doença renal crônica e ovário policístico estão dentre as condições mais associadas a DHGNA.

A modificação dietética está dentre as principais intervenções para DHGNA. Dietas hipocalóricas pobres em carboidratos ou de baixo teor de gordura produzem um efeito metabólico favorável e reduzem o conteúdo lipídico intra-hepatocelular. A redução de carboidratos pode promover impacto mais rápido (2 dias) e mais pronunciado, mesmo em um contexto isocalórico. Atualmente, a dieta mediterrânea é o único padrão alimentar específico recomendado por organizações Europeias. O consumo de uma dieta do tipo mediterrâneo reduz a gordura hepática e melhora a sensibilidade à insulina independentemente de exercício e da perda de peso e, quando combinada com um padrão de consumo dietético limitado a 8 a 12 horas durante o dia e restrição de alimentos antes de dormir pode ser mais vantajoso na formulação de recomendações dietéticas.

A ingestão de frutose deve ser minimizada, pois agrava o ganho de peso, estimula acúmulo intra-hepático de triglicerídeos e se associa ao agravamento da fibrose e progressão para esteato-hepatite não alcoólica entre pacientes com DHGNA. A restrição da ingestão de gordura na dieta pode diminuir os níveis plasmáticos de triglicerídeos, particularmente quando sua concentração está gravemente elevada (> 800 a 1.000 mg/dL). Contudo, o aumento da ingestão de carboidratos pode aumentar níveis de triglicerídeos em alguns indivíduos com triglicerídeos na faixa de 500 a 1000 mg/dL.

Outras mudanças dietéticas e de estilo de vida incluem a perda de peso, prática de exercícios e baixo consumo de bebidas alcoólicas. Clique aqui para ver o posicionamento completo da associação.

Pós-graduação de Nutrição Clínica

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