A Sociedade de Endocrinologia publicou recentemente a nova diretriz sobre o manejo da hiperglicemia em pacientes hospitalizados, com o objetivo de atualizar as recomendações anteriores e promover melhor controle e cuidado desses pacientes.
Segundo a literatura, pacientes adultos com diabetes representam 25% dos pacientes não críticos hospitalizados e tanto o diabetes quanto a hiperglicemia no hospital estão associados à internação prolongada, aumento da incidência de complicações e incapacidade após a alta hospitalar.
O guideline traz recomendações importantes e reforça que pacientes adultos com diabetes submetidos a procedimentos cirúrgicos[PHEdO1] [PHEdO2] eletivos, devem atingir os níveis de hemoglobina pré-operatória A1c (HbA1c) < 8% (63,9 mmol/mol) e glicemia capilar (GC) de 100 a 180 mg/dL. E quanto à abreviação de jejum, em pacientes adultos com diabetes tipo 1 (DM1), diabetes tipo 2 (DM2) ou outras formas de diabetes submetidos a procedimentos cirúrgicos, sugere-se não administrar fluídos orais contendo carboidratos no pré-operatório.
Referente ao tratamento da hiperglicemia no momento da internação, a diretriz recomenda que a terapia de insulina programada seja usada ao invés de terapias não insulínicas para o manejo glicêmico.
Os autores recomendam que pacientes adultos com diabetes que estão internados por doença não crítica, recebam educação para diabetes como parte de um processo abrangente de planejamento de alta em diabetes, a fim de fortalecer o processo de educação continuada, pois essa prática é capaz de reduzir as reinternações hospitalares, pode aumentar a satisfação do paciente e também melhorar as iniquidades de saúde para aqueles que podem não ter acesso à educação ambulatorial.
Os autores ainda abordam o manejo farmacológico nas diversas situações de hiperglicemia nesses pacientes hospitalizados e também sobre a utilização da contagem de carboidratos naqueles que são dependentes de insulina.
Confira o guideline original, clicando aqui.