Posicionamento ADA para o manejo de Diabetes Mellitus (DM) na gestação

Posicionamento ADA para o manejo de Diabetes Mellitus (DM) na gestação

A Associação Americana de Diabetes (ADA) publicou um posicionamento para manejo de Diabetes Mellitus (DM) na gestação. O documento reúne as recomendações referentes ao cuidado à gestante com DM para guiar a prática clínica, bem como ferramenta para avaliar a qualidade do manejo clínico.

A prevalência de DM na gestação tem aumentado no mundo, incluindo DM tipo 1, DM tipo 2 e o diabetes gestacional (DMG). A presença destas doenças na gestação aumenta o risco de complicações maternas e também consequências para o feto e recém-nascido. O documento apresenta recomendações associadas ao cuidado pré-concepção, em destaque a dosagem de hemoglobina glicada em mulheres saudáveis e o acompanhamento multiprofissional, incluindo nutricionista, daquelas com a doença pré-existente.

Na presença de diabetes mellitus na gestação, tanto no DM pré-existente como no DMG, recomenda-se a dosagem da glicemia de jejum e do auto monitoramento da glicemia pós-prandial. As metas glicêmicas são: glicemia de jejum < 95 ml/dl; glicemia pós-prandial 1h <140 ml/dl e glicemia pós-prandial 2h <120 ml/dl; HbA1c <6% ou <7% caso necessário prevenção de hipoglicemia.

Referente ao manejo direcionado ao DMG, a mudança de estilo de vida é considerada suficiente para o tratamento da maioria das gestantes, sendo a insulinoterapia recomendada,  caso necessário, para atingir o controle glicêmico. O uso de metformina ou glibenclamida não deve ser empregado como primeira escolha terapêutica.  Por outro lado, a insulinoterapia é o tratamento preferencial para o cuidado das gestantes com DM tipo 1 e tipo 2 pré-existentes.

Quanto ao manejo dietético, a ADA sugere que o plano alimentar siga as recomendações das DRIS, destacando o mínimo de 175g de carboidratos, o mínimo de 71g de proteínas e 28g de fibras. Além disto, a dieta deve priorizar alimentos fontes de ácidos graxos mono e poli-insaturados; limitar os ácidos graxos saturados e evitar a gordura trans. Também, deve ser considerado no planejamento alimentar que os carboidratos simples apresentam maior impacto na glicemia pós-prandial.

O documento também discute sobre o uso de medicações, como betabloqueadores, pré-eclâmpsia e os cuidados pós-parto para mulheres com diabetes na gestação.

Para acessar o posicionamento completo, clique em:

https://care.diabetesjournals.org/content/44/Supplement_1/S200.

Pós-graduação de Nutrição Clínica

Compartilhe este post