Guidelines Canadenses para tratamento de crianças e adolescentes com distúrbios alimentares

Guidelines Canadenses para tratamento de crianças e adolescentes com distúrbios alimentares

Novas diretrizes canadenses foram desenvolvidas para crianças e adolescentes com transtornos alimentares. A publicação avalia a eficiência de tratamentos psicoterápicos e fornece evidências mais atuais para melhora de sintomas com abordagens disponíveis.

Identifica-se que o tratamento hospitalar pode promover a restauração do peso independentemente do modelo de atendimento fornecido, embora ainda se façam necessários mais estudos para determinar os elementos chaves desse processo.

Fortes recomendações foram apoiadas em favor do tratamento baseado na família e no ambiente de tratamento menos intensivo. Por outro lado, a terapia multifamiliar, terapia cognitivo-comportamental, psicoterapia focada no adolescente, ioga adjuvante e antipsicóticos atípicos apresentaram recomendações fracas.

Na anorexia, a terapia familiar que considera os pais responsáveis pelo processo de realimentação apresenta mais evidências positivas. Em adolescentes com bulimia, a terapia familiar apresenta resultados mais satisfatórios do que a terapia cognitivo comportamental e psicoterapia de apoio.

O apoio dos pares durante o tratamento hospitalar pode ser vantajoso, e as preferências do paciente e dos pais devem ser consideradas.

Algumas intervenções analisadas parecem ser mais úteis no tratamento de crianças e adolescentes com transtornos alimentares. Dentre elas, podemos destacar:

  • Cardápios não seletivos: que não oferecem a possibilidade de escolha.
  • Auxílio alimentar: assistência afetiva durante as refeições para ajudar o consumo alimentar proposto.
  • Remediação cognitiva: desenvolvimento de habilidades como atenção, memória, flexibilidade cognitiva, planejamento, funcionamento executivo.

Tomadas em conjunto, estas estratégias terapêuticas podem melhorar sintomas, o funcionamento psicossocial e a qualidade de vida. Entretanto, esses tratamentos só devem ser administrados em jovens medicamente estáveis, e um tratamento mais intensivo deve ser considerado caso os anteriores não apresentem resultados satisfatórios.

O guideline também informa sobre a eficácia de terapias medicamentosas e dá outras orientações. Consulte o guia completo em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6995106/pdf/40337

Pós-graduação de Nutrição Clínica

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