A Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) publicou recentemente novas diretrizes para o diagnóstico e tratamento de falência cardíaca aguda e crônica. O documento amplia conceitos e recomendações apresentados na diretriz anterior, além de trazer algumas modificações e atualizar dados epidemiológicos.
Doenças metabólicas são listadas como causa de falência cardíaca, e incluem alterações endócrinas, deficiência de selênio e de tiamina (vitamina B1). O monitoramento de peso e estado nutricional, juntamente com promoção de sono adequado e qualidade de vida foram considerados componentes importantes do programa de manejo de falência cardíaca.
Para adequação dietética no contexto de alterações cardíacas, é recomendada avaliação do consumo alimentar, limitando o consumo de álcool para 2 unidades*/dia em homens e 1 unidade/dia em mulheres (1 unidade equivale a 10 mL de álcool puro) e sal (até 5g/dia). A hidratação deve ser monitorada: a ingestão de líquidos deve se ajustar ao peso, podendo variar em épocas de calor e umidade elevados, ou na vigência de náuseas e vômitos. Para pacientes com hiponatremia, a ingestão hídrica de 1,5 a 2 l/dia, pode ser usada para aliviar os sintomas e a congestão.
Dentre as novas recomendações, destacam-se um programa de exercícios supervisionado para reabilitação cardíaca em pacientes com doença mais grave, fragilidade ou comorbidades; e exames periódicos para investigar anemia e deficiência de ferro, considerando hemograma completo, concentração de ferritina sérica e saturação de transferrina.
Ganho de peso superior a 2kg/ semana, perda de peso e caquexia foram considerados sintomas menos específicos de falência cardíaca avançada.
Em pacientes com obesidade, reduzir o peso corporal e aumentar os exercícios pode melhorar os sintomas e a capacidade física e, portanto, devem ser considerados de acordo com as condições do paciente e, nesses casos, a restrição calórica também deve ser considerada.
Para pacientes com sarcopenia, recomenda-se treinamento com exercícios de resistência, combinados com ingestão de proteína de 1,5 g / kg / dia.
Essas e outras recomendações estão disponíveis no documento completo, que pode ser acessado clicando aqui.