ERAS – Diretrizes para perioperatório de cirurgia bariátrica

ERAS – Diretrizes para perioperatório de cirurgia bariátrica

A Sociedade de Recuperação Aprimorada Após a Cirurgia (ERAS) apresentou novas recomendações do consenso para o cuidado perioperatório em cirurgia bariátrica, baseadas nas evidências científicas mais atuais.

Segundo a diretriz, informação, educação e aconselhamento devem integrar a primeira parte da fase do pré-operatório. A perda de peso pré-operatória induzida por dieta hipocalórica ou de muito baixa caloria deve ser recomendada antes da cirurgia bariátrica. Particularmente para pacientes com diabetes, o uso de dieta de muito baixa caloria pode ser aplicada para melhora da sensibilidade à insulina, mas o uso de hipoglicemiantes orais deve ser monitorado de perto para prevenir hipoglicemia.

A interrupção de tabagismo e etilismo devem ser feitos pelo menos 4 semanas antes da cirurgia e, para pacientes com histórico de uso abusivo de álcool, o período de abstinência deve ser de pelo menos 1 a 2 anos. Nesses casos, o risco de relapso após a cirurgia deve ser informado.

No jejum pré-operatório antes da indução anestésica, sólidos podem ser oferecidos em até 6 h e líquidos claros podem ser oferecidos até 2 h antes da indução anestésica. Isso se aplica para cirurgia bariátrica eletiva sem contraindicações como gastroparesia ou obstrução intestinal. Sobre a carga pré-operatória de carboidratos em cirurgia bariátrica, não há evidências suficientes para fazer recomendações.

Dietas de líquidos claros geralmente podem ser iniciadas várias horas após a cirurgia. Todos os pacientes devem ter acesso a uma avaliação nutricional e dietética abrangente com aconselhamento sobre o conteúdo de macronutrientes e micronutrientes da dieta, com base no procedimento cirúrgico e no estado nutricional do paciente. A suplementação de vitaminas e minerais ao longo da vida e monitoramento bioquímico nutricional contínuo se fazem necessários, e o risco de deficiência de tiamina deve ser amplamente reconhecido, especialmente no pós-operatório precoce.

Por fim, considera-se que sondas nasogástricas e drenos abdominais não devem ser usados rotineiramente para drenagem abdominal e descompressão nasogástrica em cirurgia bariátrica. Orientam que uma abordagem multimodal deve ser adotada para a profilaxia pós-operatória de náuseas e vômitos em todos os pacientes.

Confira o documento na íntegra, clicando aqui.

Pós-graduação de Nutrição Clínica

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