Novas diretrizes de prática clínica para apnéia obstrutiva e insônia crônica foram publicadas pelo departamento de defesa dos Estados Unidos.
A apnéia obstrutiva é um dos
distúrbios do sono mais comuns. É mais observado em homens, mas também pode
surgir em mulheres, especialmente após a menopausa. Fatores como idade e índice
de massa corporal (IMC) se associam a esta condição, e pessoas com
IMC>30kg/m2 ou que apresentem resposta ineficaz do tratamento de hipertensão
podem ser mais susceptíveis. Mudanças no
estilo de vida e perda de peso fazem parte das recomendações de tratamento,
principalmente para pessoas com sobrepeso e obesidade.
Para insônia crônica, terapias a
base de chás se mostraram ineficazes. O uso de camomila e valeriana não demonstrou benefícios e a kava kava apresenta
alto risco de hepatotoxicidade aguda fatal. Portanto, o uso dessas ervas NÃO é
recomendado.
A restrição de cafeína, álcool e nicotina fazem parte de protocolos de higiene do sono e pacientes em uso de álcool ou drogas requerem tratamento comportamental adaptado. Os resultados primários do uso de melatonina incluíram redução na latência, aumento no tempo total e melhora na qualidade do sono, mas isso se deu de maneira discreta e o significado clínico desses achados ainda não é claro. Ensaios com durações de tratamento mais longos e com doses mais altas mostraram maiores efeitos na latência e no tempo total de sono, mas não melhoraram a qualidade do sono.