Diretrizes ESPEN para nutrição enteral domiciliar

Diretrizes ESPEN para nutrição enteral domiciliar

Diretrizes publicadas pela ESPEN informam provedores de nutrição enteral domiciliar (NED) sobre suas indicações, contraindicações e cuidados para implementação e monitoramento.

A NED deve ser oferecida a pacientes com risco nutricional ou desnutridos que não conseguem atender às suas necessidades de nutrientes com a ingestão alimentar normal, sem comprometimento do trato gastrointestinal, que dispensam cuidados intensivos, que concordam e são capazes de cumprir a NED para melhorar o peso corporal, o estado funcional ou a qualidade de vida.

O método de administração da NED deve ser uma decisão da equipe multidisciplinar, ao considerar a doença do paciente, o tipo de sonda e seu posicionamento, a tolerância da alimentação e a preferência do paciente. Contudo, a administração via sonda nasoenteral é recomendada apenas por um curto período de tempo (4 a 6 semanas), e a gastrostomia endoscópica percutânea ou a jejunostomia endoscópica percutânea são os dispositivos de acesso preferenciais que devem ser priorizados quando a NED de longo prazo é necessária.

Na ausência de complicações após a colocação de gastrostomia, a nutrição enteral pode ser iniciada dentro de 2 a 4 horas. Apesar de ter se tornado parte dos cuidados de rotina, a nutrição jejunal por sonda nasojejunal ou jejunostomia após cirurgia abdominal não possuem regimes de início da alimentação bem definidos e há uma grande heterogeneidade na prática.

A infusão de dieta em bolo, intermitente ou contínua por meio de bomba de infusão podem ser usadas dependendo da necessidade clínica, segurança e nível de precisão exigidos.

A NED NÃO É INDICADA quando:

  1. A expectativa de vida for estimada em menos de um mês;
  2. Houver distúrbios funcionais graves do intestino
  3. Há obstrução ou sangramento gastrointestinal, má absorção grave ou desequilíbrios metabólicos importantes;
  4. Não houver concordância do paciente e / ou seus responsáveis legais ou não forem capazes de cumpri-lo;
  5. Problemas organizacionais / logísticos que não possam ser superados;

Outras práticas como manejo e manutenção de infecções de ostomias, lavagem de sonda e administração de medicamentos por vias de acesso a nutrição também são discutidos nas diretrizes.

Para acessar o documento na íntegra, consulte o link:https://www.clinicalnutritionjournal.com/action/showPdf?pii=S0261-5614%2819%2930198-0

Pós-graduação de Nutrição Clínica

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