Novas diretrizes publicadas pela iniciativa global trazem orientações para o manejo de asma.
A publicação possui orientações direcionadas à dieta e descreve cuidados especiais para casos de obesidade e alergias alimentares.
Exacerbações da asma podem ser reduzidas com a restrição de alérgenos alimentares, mas a exclusão de alimentos é recomendada apenas quando a alergia ou sensibilidade química alimentar é claramente demonstrada por testes supervisionados.
Sintomas de asma podem ser desencadeados por produtos químicos alimentares de ocorrência natural ou adicionados. Sulfitos (presentes em batatas processadas, camarão, frutas secas, cerveja e vinho) têm sido frequentemente implicados na causa de exacerbações graves da asma. No entanto, a probabilidade de uma reação depende da natureza do alimento, o nível e a forma de sulfito residual, a sensibilidade do paciente e o mecanismo da reação induzida por sulfito. O papel de outras substâncias dietéticas como benzoato, corante amarelo, tartrazina e glutamato monossódico ainda não possuem evidências no agravamento da asma.
O consumo de uma dieta rica em frutas e vegetais frescos se associa ao menor risco de asma e declínio da função pulmonar, além de melhorar o controle da doença e favorecer a redução do risco de exacerbações.
Excesso de peso ou obesidade são fatores de risco para asma infantil e sibilância. Na obesidade, a asma é mais difícil de controlar e isso pode ser devido a inflamação das vias aéreas, apneia obstrutiva do sono, doença do refluxo gastroesofágico, fatores mecânicos, dentre outros. Além disso, a falta de condicionamento físico e a redução do volume pulmonar devido a gordura abdominal também podem contribuir para o aparecimento de dispneia. Para adultos com obesidade e asma, a redução de peso associada a exercícios aeróbicos de força pelo menos duas vezes por semana é mais eficaz para o controle dos sintomas do que a redução de peso ou a prática de exercícios isolados. A cirurgia bariátrica pode auxiliar no controle da asma e a qualidade de vida, pois a perda de peso pode reduzir a necessidade de medicamentos, a função pulmonar e o estado de saúde.