O novo consenso do Colégio Americano de Medicina Esportiva traz estratégias para apoiar práticas mais seguras e evitar técnicas prejudiciais à perda de peso em esportes de categoria.
A exigência de pesagem antes da competição, em algumas modalidades esportivas, ocorre para fornecer equidade de desempenho e riscos de lesões reduzidos, eliminando discrepâncias de tamanho. Os atletas nesses esportes geralmente tentam obter vantagem teórica competindo em categorias de peso menores que sua massa corporal diária, usando uma combinação de estratégias crônicas (perda de gordura corporal) e manipulações agudas por um período de horas a dias antes da pesagem.
A orientação especializada de um profissional de nutrição esportiva pode ajudar o atleta a estabelecer uma abordagem pragmática e em longo prazo para o gerenciamento de massa corporal, reconhecendo as nuances de seu esporte, para alcançar resultados favoráveis para a saúde e o desempenho. O consenso comenta particularidades de esportes como artes marciais, boxe, judô, karatê e taekwondo, analisando vantagens e desvantagens de estratégias usadas para redução de peso em curto prazo. Essas estratégias incluem manipulação de água corporal, que é feita com aumento do suor, restrição de líquidos, uso de diuréticos e retirada de sangue; depleção de reservas energéticas com exercícios e restrição de carboidratos; e diminuição do conteúdo gastrintestinal, que considera uso de laxantes, restrição de alimentos e fibras.
Quanto à manipulação de água corporal, considera-se que pode haver menor distúrbio fisiológico do que outras formas de desidratação e que a grande perda de urina pode ocorrer sem o gasto de energia. Contudo, essa prática pode reduzir o volume plasmático, aumentar o risco de desequilíbrio eletrolítico e câimbras musculares, além de ser proibida em muitos esportes.
A depleção de reservas energéticas por sua vez, pode ser integrada ao programa de exercícios, permite manter o consumo alimentar e a escolha de alimentos com diferentes densidades nutricionais. Entretanto, esta estratégia também possui desvantagens: a reposição de glicogênio é necessária para uma melhor performance, pode levar a fadiga e dores musculares, aumento da fome e sensação de perda de energia.
A manipulação do conteúdo gastrintestinal pode ser facilmente implementada e causa impacto mínimo no estado nutricional e na performance, contudo, também pode aumentar a fome e a sensação de perda de energia, impactar a perda de água corporal e comprometer a função cardiovascular, além de ser proibida em algumas modalidades esportivas.
A diretriz também aborda estratégias de recuperação de fluidos e reservas de energia entre a pesagem e o evento da competição, comenta o impacto da redução de peso na performance e oferece recomendações para prevenir ou minimizar desfechos negativos associados a intervenções para redução de peso.
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