ABCG Diretrizes para câncer gástrico

ABCG Diretrizes para câncer gástrico

As novas diretrizes da Associação Brasileira de Câncer Gástrico (ABCG) informam aos profissionais de saúde as melhores práticas atuais no manejo do câncer gástrico. Apresentadas em duas partes, as atualizações discutem aspectos importantes do diagnóstico, estadiamento e tratamento desta doença.

Dentre as orientações com maior grau de recomendação e nível de evidência, orienta-se que pacientes que tiveram perda de peso maior que 10% do seu peso habitual nos últimos seis meses devem receber algum tipo de terapia nutricional antes de se iniciar qualquer tratamento. Em pacientes com desnutrição moderada e grave, a terapia nutricional deve ser aplicada por 7-14 dias antes de qualquer tipo de tratamento, para diminuir a morbimortalidade. Pacientes submetidos inicialmente apenas ao tratamento neoadjuvante também têm indicação de terapia nutricional, particularmente aqueles com ingestão alimentar abaixo de 70% do gasto energético estimado. Pacientes submetidos a operação radical ou após o término da terapia adjuvante devem ser acompanhados em longo prazo para manutenção do estado nutricional.

Após a ressecção gástrica, a alimentação oral deve ser iniciada assim que o trânsito intestinal estiver restabelecido, a medida que o paciente apresente condições. A introdução de líquidos pode ser feita a partir do primeiro dia pós-operatório, e dieta de consistência mais sólida entre o 2o e 4o dias de pós-operatório. Um dos grandes temores da introdução da dieta precoce é a distensão intestinal, que favorece a ocorrências de fístulas das anastomoses, principalmente da esofagojejunal. Entretanto, esse risco não tem sido verificado com a introdução desses protocolos. Nesse sentido, quando não houver nenhuma intercorrência intraoperatória na confecção das anastomoses, recomenda-se a introdução de dieta oral assim que o trânsito esteja restabelecido.

Nas gastrectomias subtotal e total, deve-se reconstruir o trânsito digestivo preferencialmente por meio da derivação em Y-de-Roux. Apesar de não terem sido identificadas diferenças no índice de qualidade de vida pós-operatória ou no estado nutricional entre os principais métodos de reconstrução, a técnica em Y-de-Roux foi melhor em termos de ocorrência de refluxo biliar, esofagite de refluxo e a gastrite alcalina do coto gástrico.

Para acessar a diretriz completa, clique nos links abaixo:

Diretrizes da Associação Brasileira de Câncer Gástrico – Parte 1

Diretrizes da Associação Brasileira de Câncer Gástrico – Parte 2

Pós-graduação de Nutrição Clínica

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