Nova diretriz da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) trouxe recomendações clínicas, nutricionais e farmacêuticas para o manejo da caquexia em pacientes com câncer avançado.
É indicado que todo paciente com câncer avançado, e perda de apetite e/ou peso corporal seja encaminhado para avaliação e aconselhamento dietético pelo nutricionista.
A alimentação via sonda enteral ou nutrição parenteral não é recomendada de rotina para tratamento da caquexia no câncer avançado. A nutrição parenteral de curto prazo pode ser aplicada a um grupo selecionado de pacientes, incluindo portadores de obstrução intestinal reversível, síndrome do intestino curto ou de condições clínicas que cursam com má absorção. A descontinuação de enteral e/ou nutrição parenteral pode ser encorajada nos pacientes caquéticos terminais.
A suplementação oral com ácidos graxos ômega-3 derivados do óleo de peixe, eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosapentaenoico (DHA), mostrou tendência em melhorar o peso, massa muscular e taxa de sobrevida no câncer avançado, porém, em estudos clínicos com maior qualidade metodológica não houve evidências claras de que os ômega-3 proporcionem benefícios significativos. Até o momento, não há recomendação da ASCO para uso de suplementos de EPA e DHA nos doentes com câncer avançado, contudo, é sugerido o consumo alimentar de peixes marinhos ricos em EPA e DHA (salmão, atum) como fonte de gordura em pacientes caquéticos.
A suplementação com vitaminas e minerais, incluindo magnésio; vitamina E em combinação com ácidos graxos ômega-3; vitamina D e C; combinação de hidroxi-b-metilbutirato (HMB), arginina e glutamina; e L-carnitina permanece insuficiente para uma recomendação de rotina.
Intervenções medicamentosas com acetato de megestrol/medroxiprogesterona e corticosteroides são indicados para melhora do apetite e aumento do peso corporal. A escolha do medicamento e seu tempo de uso deve ser discutido com a equipe médica conforme os objetivos do tratamento e a avaliação de risco versus benefício.
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