Diretrizes atuais para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) orientam sobre o diagnóstico, manejo e prevenção da doença.
Indicadores do estado nutricional constituem referências importantes para avaliação clínica. A perda de peso se associa ao aumento da mortalidade e o risco de pneumonia é aumentado em pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) <25kg/m2. O aconselhamento dietético faz parte do manejo inicial e o monitoramento do IMC integra protocolos preditivos de taxas sobrevivência.
O estado nutricional pode ser comprometido por efeitos adversos do uso de inibidores seletivos da fosfodiesterase-4 (PDE4), que causam diarréia, falta de apetite, náuseas, perda de peso, distúrbios do sono, dores de cabeça e dores abdominais.
Em casos de exacerbação do quadro de DPOC, o balanço hídrico deve ser monitorado.
A suplementação nutricional é aconselhada para pacientes desnutridos e pode melhorar a fadiga, a força da musculatura respiratória e o estado de saúde geral.
A proteína C reativa (PCR) pode ser utilizada como parâmetro para ajustar a antibioticoterapia e, quando em baixos níveis, indica a possibilidade de redução de antibióticos.
Para pacientes hospitalizados, a investigação dos níveis de vitamina D deve ser realizada e a suplementação é indicada em casos de deficiência severa (<10ng/ml ou <25nM). A relação entre má nutrição e obstrução de vias aéreas não é clara, mas condições sócioeconômicas precárias podem constituir um elo importante.