A American Heart Association AHA) publicou novas diretrizes para promover a melhora da saúde cardiovascular.
A declaração científica enfatiza a importância dos padrões dietéticos, além dos alimentos ou nutrientes individuais, destaca o papel crítico da nutrição no início da vida, apresenta elementos de padrões alimentares saudáveis para o coração e destaca os desafios estruturais que impedem a adesão aos padrões alimentares saudáveis para o coração.
Para promover a saúde cardiometabólica, a orientação do padrão alimentar deve ser baseada em evidências, nas quais destacam-se:
1. Ajustar a ingestão e o gasto energético para atingir e manter um peso corporal saudável;
2. Ingestão abundante e variada de frutas e vegetais;
3. Dar preferência a alimentos e produtos de grãos inteiros;
4. Escolher fontes saudáveis de proteína, principalmente de origem vegetal, ter ingestão regular de peixes e frutos do mar, priorizar laticínios com baixo teor de gordura ou sem gordura e escolher cortes magros e formas não processadas de carne ou frango;
5. Para o preparo dos alimentos, dar preferência aos óleos vegetais líquidos (soja, milho, cártamo, girassol, canola, azeite de oliva ou nozes, sementes de linhaça, amendoim e a maioria das nozes e suas manteigas) em vez de óleos tropicais (coco, dendê e palma), gorduras animais (por exemplo, manteiga e banha) e gorduras parcialmente hidrogenadas;
6. Consumir alimentos minimamente processados em vez de alimentos ultraprocessados;
7. Minimizar a ingestão de bebidas e alimentos com adição de açúcares. O uso de adoçantes de baixo valor energético tem sido proposto e mono e dissacarídeos de baixa abundância, metabolizados de maneira diferente dos açúcares tradicionais, podem ser preferíveis, mas ainda é muito cedo para determinar o uso desses açúcares, em particular, como parte de alimentos ultraprocessados, pois podem influenciar a saciedade, compulsão alimentar, microbiota intestinal e resultados de saúde em longo prazo;
O uso de adoçantes de baixo valor energético tem sido proposto e mono e dissacarídeos de baixa abundância, metabolizados de maneira diferente dos açúcares tradicionais, podem ser preferíveis, mas ainda é muito cedo para determinar o uso desses açúcares, em particular, como parte de alimentos ultraprocessados, pois podem influenciar a saciedade, compulsão alimentar, microbiota intestinal e resultados de saúde em longo prazo;
8. Escolher e preparar alimentos com pouco ou nenhum sal. Uma alternativa promissora é a substituição por sais enriquecidos com potássio;
9. Não iniciar o consumo de álcool, mas caso o faça, limite a ingestão. No acidente vascular cerebral isquêmico e doença cardiovascular crônica, o consumo de álcool deve ser baixo: aproximadamente 1 a 2 drinques por dia;
10. Estas orientações devem ser seguidas independentemente de onde o alimento é preparado ou consumido.
Os desafios que impedem a adesão a padrões alimentares saudáveis para o coração incluem marketing direcionado de alimentos não saudáveis, segregação de vizinhança, insegurança alimentar e nutricional e racismo estrutural. Criar um ambiente que facilite a adesão a padrões alimentares saudáveis para o coração é um imperativo de saúde pública.
Lichtenstein AH, Appel LJ, Vadiveloo M, Hu FB, Kris-Etherton PM, Rebholz CM, Sacks FM, Thorndike AN, Van Horn L, Wylie-Rosett J. 2021 Dietary Guidance to Improve Cardiovascular Health: A Scientific Statement From the American Heart Association. Circulation. 2021 Dec 7;144(23):e472-e487. doi: 10.1161/CIR.0000000000001031. Epub 2021 Nov 2. PMID: 34724806.