A Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA promoveu um levantamento sistêmico para atualizar as recomendações para investigação de deficiência de vitamina D em adultos. O estudo realizou considerações sobre os benefícios e malefícios do rastreamento e do tratamento precoce.
Ao analisar que as necessidades de vitamina D podem variar de indivíduo para indivíduo, foi definido que nenhum ponto de corte do nível sérico de vitamina D pode definir deficiência e que não há consenso sobre os níveis séricos precisos que representem saúde ou suficiência ideal.
O documento apresenta considerações importantes sobre diversos aspectos de investigação e monitoramento da vitamina D, e indica algumas limitações de investigação:
1 – Não existe um nível de vitamina D na forma de 25 (OH) D que defina a deficiência para todos os indivíduos;
2 – Apesar de ser considerado o melhor marcador do status da vitamina D, a mensuração precisa de 25 (OH) D é difícil e há ampla variação de resultados de acordo com o método de teste;
3 – O limite sérico usado para definir a deficiência é amplamente variado e, dependendo do limite usado, a prevalência da deficiência de vitamina D é de 2 a 10 vezes mais alto em negros não hispânicos do que em brancos não hispânicos, por conta de diferenças metabólicas impostas pela pigmentação da pele.
Apesar disso, dados da Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição (Americana), consideram níveis muito baixos de 25 (OH) D <12 ng / mL.
Até o quanto se pode investigar, não parece haver nenhuma evidência direta sobre os benefícios do rastreamento da deficiência de vitamina D em adultos assintomáticos. O tratamento da deficiência de vitamina D assintomática não tem benefício na mortalidade, risco de fraturas em pessoas selecionadas apenas com base em baixos níveis de vitamina D ou incidência de diabetes mellitus tipo 2.
Isso se aplica a mulheres (não grávidas) e adultos que não apresentam sinais ou sintomas de deficiência de vitamina D ou condições para as quais o tratamento com vitamina D é recomendado.
Apesar dos pontos levantados, o documento reconhece que diversos fatores e condições se associam a deficiência de vitamina D. Nesse sentido, as constatações apresentadas não se aplicam ao público de risco de deficiência, que inclui pessoas hospitalizadas ou que vivam em lares de idosos.
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