Obesidade e Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) são condições clínicas com ligações entre si. Tratamentos para melhorar a resistência à insulina têm se mostrado eficazes na prevenção do DM2 e na perda de peso.
Estudo prospectivo e controlado teve como objetivo avaliar os efeitos do Mangostão (Garcinia mangostana L.), árvore tropical, cujos frutos são conhecidos por suas propriedades antioxidantes, sobre a resistência à insulina, controle de peso e estado inflamatório. Vinte e duas mulheres obesas, resistentes à insulina, com idade entre 18 e 65 anos, foram divididas em dois grupos: controle (dieta hipocalórica + atividade física) e intervenção (dieta hipocalórica + atividade física + 400mg de suplemento com Mangostão por dia). Medidas avaliadas incluíram peso, massa magra e massa gorda, circunferência da cintura, pressão arterial, frequência cardíaca, insulina, glicose, hemoglobina glicada, marcadores inflamatórios, e perfil lipídico.
Após 26 semanas de acompanhamento, utilização do Mangostão foi associada a diminuições mais significativas da insulina plasmática (−53,2% vs. −15,2%, p = 0,004) e do índice HOMA-IR (−51,3% vs. −10%, p = 0,004). Comparando valores pré e pós-intervenção, observou-se que o grupo suplementado também apresentou reduções nos valores de PCR e fibrinogênio, e aumento significativo nos valores de HDL colesterol, mas essas alterações não foram significativas quando comparado grupo controle e intervenção. Os pesquisadores concluíram que o Mangostão pode representar uma alternativa para tratamento da obesidade e suas complicações, mas sugerem que mais estudos sejam realizados para comprovar esse benefício.