A ASPEN e a Sociedade de Medicina Intensiva acabam de publicar novas diretrizes de terapia nutricional (TN) para pacientes graves adultos. Neste novo guia, as recomendações de 2016 foram atualizadas e novas evidências foram consideradas para orientar profissionais no fornecimento de nutrição artificial.
Segundo as recomendações, o fornecimento de energia deve ser feito entre 12 a 25 kcal/kg nos primeiros 7 a 10 dias de internação na UTI. Até que estejam disponíveis dados que permitam recomendações mais precisas sobre a ingestão de energia, os profissionais devem confiar no julgamento clínico. A tolerância gastrintestinal pode limitar a quantidade de nutrição enteral, mas o fornecimento do volume da fórmula deve ser ajustado para fornecer níveis adequados de ingestão de referência dietética, a fim de não arriscar a ingestão inadequada de vitaminas, minerais e oligoelementos.
No início da doença crítica, por períodos de tempo relativamente curtos, o fornecimento de energia apresenta resultados clínicos semelhantes via enteral ou parenteral. Nesse sentido, o custo e a conveniência podem ser determinantes maiores para escolha da via de alimentação no início da doença crítica. A nutrição parenteral suplementar parece não impactar os desfechos clínicos precoces de pacientes críticos e, por isso, seu uso não deve ser feito durante os primeiros 7 dias de UTI.
Emulsões lipídicas mistas ou emulsão lipídica de óleo de soja 100% devem ser fornecidas a pacientes graves que são candidatos apropriados para o início da nutrição parenteral, inclusive na primeira semana de admissão na UTI. Otimizar o fornecimento de emulsões lipídicas ajuda a evitar o fornecimento excessivo de dextrose e hiperglicemia. O monitoramento das concentrações séricas de triglicerídeos fornecerá informações sobre a adequação da depuração lipídica
A ingestão de proteínas permanece entre 1,2 a 2g/kg/dia, pois o impacto de doses superiores é desconhecido.
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