A Associação Americana de Diabetes (ADA) publicou recentemente recomendações para facilitar as mudanças comportamentais e melhorar o bem-estar do paciente com diabetes. O intuito do documento é guiar a prática clínica dos profissionais envolvidos no manejo destes pacientes. Os autores reforçam que a base para o sucesso do tratamento do DM é o manejo do comportamento e do bem-estar psicológico dos doentes. O comportamento adequado inclui o autocuidado, hábitos alimentares, atividade física regular e a ausência de tabagismo.
Assim, pacientes com DM devem receber suporte para o autocuidado, visando facilitar o entendimento sobre o manejo da doença e a tomada de decisões. Os períodos críticos para a realização do suporte para o autocuidado são na implementação inicial da terapia medicamentosa e nutricional, anualmente e/ou quando metas não estão sendo atingidas, no desenvolvimento de complicações e em momentos de transição de vida e/ou da terapia.
Recomenda-se que a terapia nutricional seja realizada por nutricionista com experiência no manejo do DM, independente do tipo de DM. Podem-se considerar diferentes padrões alimentares para o manejo do DM e a distribuição de macronutrientes deve ser individualizada de acordo com as metas definidas. O consumo de álcool deve ser moderado, devendo-se orientar os pacientes sobre o risco de hipoglicemia e o manejo desta condição. O uso de adoçantes não nutritivos pode ser utilizado como estratégia de transição para reduzir o consumo de bebidas açucaradas, porém sempre encorajando o consumo de água. A atividade física regular deve ser estimulada tanto para adultos como para crianças/adolescentes com DM1 ou DM2. O tempo de duração e a frequência semanal são recomendados de acordo com o tipo e a intensidade dos exercícios.
No caso de fumantes, recomenda-se que sejam incluídos em programas educativos para cessar o tabagismo. O cuidado psicológico centralizado no paciente deve fazer parte do tratamento de todos os indivíduos com DM, com vistas a otimizar os desfechos clínicos e melhorar a qualidade de vida. Questões psicossociais, desordens de ansiedade, depressão, alterações de comportamento alimentar e doenças mentais devem ser rotineiramente rastreadas. O manejo correto destas desordens implicará na melhora da qualidade de vida do indivíduo com DM.
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