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A cirurgia bariátrica (CB) é um procedimento efetivo para perda do excesso de peso e melhora de desordens metabólicas associadas a obesidade. No entanto, as deficiências nutricionais após a cirurgia bariátrica são comuns ao longo prazo, mesmo com uso oral de suplemento vitamínico.
Recentemente, pesquisadores europeus compararam o perfil sérico de pacientes pós-cirúrgicos de CB e de obesos em tratamento conservador. Continue lendo para descobrir os resultados.
Vitamina D, B12 e albumina foram analisados
O foco do estudo foi comparar os níveis séricos de vitamina D, B12 e albumina em obesos que realizaram CB pela técnica bypass gástrico em Y-de-Roux (BGYR, n=253) ou gastrectomia vertical (GV, n=142).
Além disso, analisou-se o risco de fratura por enfraquecimento ósseo, tanto entre os grupos cirúrgicos quanto em indivíduos sob tratamento conservador para obesidade (restrição calórica e exercícios, n=199).
Todos os participantes eram adultos (18 a 65 anos), com IMC ≥35Kg/m² e comorbidades associadas a obesidade (diabetes, hipertensão arterial).
Ambos os grupos pós-cirúrgicos receberam suplemento oral contendo 30µg de vit D, 3µg de vit B12 e 1g de cálcio. Participantes do grupo conservador não suplementaram tais nutrientes.
Em seguida, os autores analisaram a porcentagem total de perda de peso e exames laboratoriais de sangue. Essa análise ocorreu nos intervalos de 1 e 2 anos, em todos participantes.
Ausência de deficiências nutricionais, mas maior risco de fraturas
Após a análise dos resultados, os pesquisadores encontraram uma maior porcentagem de perda de peso nos obesos operados por BGRY e GV, em comparação do grupo conservador, em ambos períodos de observação. Não houve diferença significativa da perda de peso entre os tipos de cirurgia.
Nos grupos cirúrgicos, valores médios de vitamina D e albumina estavam dentro das faixas de referência e foram similares entre os grupos. Entretanto, a média da vitamina B12 foi significativamente maior no grupo GV em comparação com o grupo BGRY (319 vs 286 pmol/L) 2 anos após a cirurgia.
O risco de fratura foi maior nos grupos cirúrgicos em comparação com o grupo conservador. Além da cirurgia bariátrica, a idade avançada e o menor índice de massa corporal (IMC) foram contribuintes para aumentar risco de fratura nessa população.
Conclusão
Em resumo, o estudo concluiu que não foi encontrado deficiências nutricionais até 2 anos de pós-operatório. Contudo, o risco de fratura é mais evidente nos pacientes submetidos a cirurgia bariátrica. Os autores sugerem acompanhamento periódico da saúde óssea nessa população.
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Referência:
Javanainen M, Pekkarinen T, Mustonen H, et al. Two-Year Nutrition Data in Terms of Vitamin D, Vitamin B12, and Albumin After Bariatric Surgery and Long-term Fracture Data Compared with Conservatively Treated Obese Patients: a Retrospective Cohort Study. Obes Surg, 2018; 23.